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NOTA DE REPÚDIO E PEDIDO DE TOMADA DE PROVIDÊNCIAS

NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+
DE REPÚDIO E PEDIDO DE TOMADA DE PROVIDÊNCIAS

A Aliança Nacional LGBTQI+, através da sua Coordenadora Municipal em Montes Claros-MG, Letícia Ferreira Imperatriz, vem a público manifestar o seu repúdio quanto à ação criminosa de violência verbal da parte de Leonardo Biondi e funcionários, deflagrada contra Ellen Carine Martins da Silva e seu esposo, Rodrigo Bryan da Silva, durante um ultrassom realizado na clínica Ultra Imagem, na cidade de Montes Claros, norte de Minas Gerais.

Um story de Instagram da vítima relatando o ocorrido nos chegou pela internet e entramos em contato com a mesma. Por chamada telefônica e WhatsApp na sexta-feira (10/10), Ellen nos contou, ainda muito consternada, sobre o ocorrido. Segundo ela, no dia sete de outubro de dois mil e vinte ela e seu marido – ambos pesssoas trans – foram à clínica referida fazer um ultrassom, pois estavam ansiosos para ver as imagens do filho que tanto esperam. Esta relata que eles foram constantemente desrespeitados pelo médico e pelos funcionários ali presentes, onde inicialmente o médico ainda sabendo que não seria a Ellen quem faria o exame, solicitou que a mesma deitasse na maca para realizar o exame. Outro fato que causou desconforto para ambos, fora a utilização do nome vigente no registro para referir-se a Rodrigo Bryan, mesmo sendo feita a solicitação, tendo seu nome social desrespeitado, este que é um direito legal pelo Decreto n° 8727. Ainda no tocante o médico referido fizera inúmeros questionamentos e piadinhas acerca do corpos de ambos – como partes íntimas destes e ao pomo de adão – que geraram desconfortos, pois tais questões não referiam-se à consulta preterida, objetivando apenas a exposição ao ridículo e ao constrangimento.

Nós da Aliança Nacional LGBTI+, informamos que desde a data de 13 de junho de 2019, as violências físicas e/ou verbais justificadas pela aversão à identidade sexual ou de gênero das pessoas LGBTQ+, configuram-se, de acordo o Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto crimes de racismo que ferem a dignidade e o princípio da igualdade humana garantidos pela Constituição Federal de 1988. Ademais, fatos como este ocorrido no município de Montes Claros devem ser adequadamente registrados e notificados pelos órgãos de segurança pública. Assim, aguardamos que as autoridades de segurança competentes da região intervenham no caso e que façam garantir os direitos da vítima penalizando de forma adequada o agressor.

Sem mais, colocamo-nos à disposição, naquilo que nos couber, enquanto organização que luta em defesa dos direitos da população LGBTI+ em nossa região.

Montes Claros, 10 de outubro de 2020

Toni Reis
Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+

Pr. Gregory Rodrigues Roque de Souza
Coordenador Estadual da Aliança Nacional LGBTI+ em MG Coordenador Nacional de Notas e Moções da Aliança Nacional LGBTI+

Gleyk Silveira
1º Coordenador Adjunto da Aliança Nacional LGBTI+ MG Coordenador Nacional da Área de Gays da Aliança Nacional LGBTI+

Janaína Santos
2ª Coordenadora Adjunta da Aliança Nacional LGBTI+ MG

Letícia Ferreira Imperatriz
Coordenadora Municipal da Aliança Nacional LGBTI+ em Montes Claros-MG.

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