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NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+DE SOLIDARIEDADE A MAJOR RENATA GRACIN

A vida da comunidade LGBTI+ no Brasil e em diversos países do mundo segue sendo uma vida repleta de percalços e desafios a serem superados, especialmente no tocante aos ataques LGBTIfóbicos, ataques estes que sem sombra de dúvidas em sua maioria surgem de onde menos esperamos.

Porém existem afrontas sofridas em locais onde construímos grande parte de nossa jornada, e assim ocorreu com a Mulher Trans Renata Gracin, Major do Exército Brasileiro.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/07/26/major-do-exercito-relata-exposicao-em-redes-apos-transicao-de-genero.htm

Renata relatou em postagem feita em suas redes sociais que vem sofrendo ataques transfóbicos em grupos de Whatsapp de todo o Brasil após publicar uma foto com o antes e depois de sua transição. Diante dos ataques, a Major escreveu o seguinte desabafo:

“Hoje acordei com minhas redes sociais lotadas de notificações. O dia que eu sabia que iria chegar, chegou! Estou sendo exposta em grupos de WhatsApp do Brasil todo, o que não me abala. Sou uma lutadora da causa LGBTQI+ e defensora dos direitos humanos. Sou Major do Exército Brasileiro e minha luta continua”.

A realidade vivida pela comunidade LGBTI+ em variados setores da sociedade é exatamente como a ocorrida com Renata, demonstrando como ainda existem raízes do machismo, sexismo e LGBTIfobia em nossas estruturas, fazendo com que o debate sobre tais práticas absurdas seja trazido à baila.

Não podemos aceitar que a orientação sexual ou identidade de gênero de um ser humano seja colocada acima de suas qualificações profissionais ou de sua capacidade de execução de alguma atividade, não vivemos mais nos anos de chumbo, vivemos em uma sociedade livre, democrática e que deve valorizar o ser humano de forma integral.

O Brasil é o país que mais mata LGBTIs no mundo, e ironicamente é o país que mais consome conteúdo pornográfico de mulheres trans e travestis. Ora, seria assim a definição plena da hipocrisia e da tentativa de lançar à margem da sociedade tais pessoas. Enganam-se os que pensam que lograrão êxito nesta empreitada, pois o lugar de todos os LGBTIs é onde eles desejarem estar!

Cabe salientar que tal fato ocorrido com Renata, acontece mesmo após a definição da mais alta corte de justiça do País, o Supremo Tribunal Federal – STF, de criminalizar a LGBTIfobia, equiparando-as aos crimes de racismo.

Sendo assim, mantendo sua missão de luta contra qualquer forma de preconceito, e de valorização do ser humano, a Aliança Nacional LGBTI+ se solidariza com a Major Renata Gracin, desejando forças para enfrentar de cabeça erguida tais ataques. Não obstante a Aliança também se coloca à disposição da mesma para prestar todo o apoio que se faça necessário.

28 de julho de 2020

Toni Reis
Diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+

Pr. Gregory Rodrigues Roque de Souza
Coordenador Estadual da Aliança Nacional LGBTI+ em MG
Coordenador Nacional de Notas e Moções da Aliança Nacional LGBTI+

Alessandra Ramos
Coordenadora Titular da Área de Mulheres Trans na Aliança Nacional LGBTI+

Layza Lima Leopoldina
1ª Coordenadora Adjunta da Área de Mulheres Trans de Aliança Nacional LGBTI+

Lana Larrá
2ª Coordenadora Adjunta da Área de Mulheres Trans na Aliança Nacional LGBTI+

Camile Da Silva Nascimento
3ª Coordenadora Adjunta da Área de Mulheres Trans da Aliança Nacional LGBTI+

Confira a nota publicada em 28/07/2020 na íntegra.

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