No dia 16 de agosto, domingo, aconteceu no Estado do Rio de Janeiro mais um caso de transfobia. A vítima, dessa vez, foi Alice Freitas, que é uma mulher trans. Segundo seus relatos ela teve seu apartamento invadindo por um homem, sofreu várias agressões, e teve pertences quebrados e roubados.
Infelizmente fatos como estes seguem acontecendo diariamente com toda a comunidade LGBTI+, mas em especial com mulheres trans e travestis.
A comunidade LGBTI+ é frequentemente alvo de ataques e abusos de extremistas religiosos, grupos paramilitares, neonazistas, ultranacionalistas, entre outros grupos que contribuem para que se afie cada vez mais a faca do preconceito
Diante de atitudes como estas é assustador que em pleno século 21 ainda tenhamos que nos deparar com absurdos como estes, que não apenas machucam o corpo físico mas deixam marcas e seguem sendo causadores de milhares de mortes.
Alice não é a primeira mulher trans a passar por uma violência tão séria, são inúmeros casos semelhantes e por este motivo é necessário cobrar dos órgãos competentes uma investigação célere, isenta e devidamente comprometida com as leis da República, que resulte na identificação e punição exemplar dos perpetradores.
O Brasil ainda é o país que mais mata mulheres trans e travestis, e não se pode permitir que isso passe despercebido ou que caia mais uma vez no esquecimento das estatísticas. Precisamos garantir que a população trans tenha respeito e dignidade, que tenha direito à vida.
Já completamos mais de um ano que a mais alta corte de justiça do País, o Supremo Tribunal Federal – STF, decidiu pelo reconhecimento da LGBTIfobia como um tipo de racismo, tornando-se assim um crime inafiançável e imprescritível sendo inconcebível a presença de tamanha barbárie no país, colocando estas vidas à margem da sociedade afastada de direitos básicos, sendo necessário o constante debate, além da aplicação dessa decisão do STF na prática em casos como este.
Neste ínterim a Aliança Nacional LGBTI+ manifesta sua solidariedade a Alice, desejando que tenha uma recuperação rápida e tenha forças para enfrentar este momento complexo e delicado. Outrossim a Aliança também se coloca à disposição para prestar todo o suporte que se faça necessário.
18 de agosto de 2020
Toni Reis
Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+
Pr. Gregory Rodrigues Roque de Souza
Coordenador Estadual da Aliança Nacional LGBTI+ em MG
Coordenador Nacional de Notas e Moções da Aliança Nacional LGBTI+
Lana Larrá Baia Amorim
2°Coordenadora Adjunta Da Área De Mulheres Trans Da Aliança Nacional LGBTI+
Robson Lourenço da Silva
Coordenação Adjunto de Comunicação da Aliança Nacional LGBTI+
Coordenação Adjunta da Aliança Nacional LGBTI+ em Pernambuco